8 de março de 2010

Estrelas

Pedacinhos de ti espalhados pelo céu do meu mundo brilham em direcção ao mar. Tenho saudades do tempo em que fugir era simples e praticamente resolvia tudo. Não te ter por perto apagou a necessidade de fugir, e agora que voltaste a aparecer não me lembro como se foge. Posso tentar janelas, portas, passagens ocultas para fora da tua presença, mas tu existes e inevitavelmente vais perseguir-me e derrubar a minha serenidade. Afogas-me em tristeza; quero matar o sentimento. Já passou a época dos espelhos e dos vidros: restam apenas as memórias. Elas atormentavam-me, rasgavam o meu discernimento e incentivavam-me a morrer. Aprendi a guardá-las, mas não sei como reaprender a escapar, não me lembro como se faz e sinceramente não sei se quero fazê-lo; talvez não esteja preparado para te apagar.

Olho para as estrelas e lembro-me de ti. Até elas me atraiçoam.

1 comentário:

  1. não é preciso fugir, é preciso encontrar:)
    [.. volto ao início..]

    grande foto lol

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