Enquanto criança, sonhar sempre fora algo que ansiava todos os dias. Assim que a manhã chegava, começava imediatamente a pensar com o que será que iria sonhar na noite seguinte; era um ciclo vicioso de sonhos e magia que lhe preenchia as noites e lhe alimentava a mente, e por isso Diana tivera uma infância feliz, embora solitária, já que mais nenhuma criança era como ela. As outras meninas raramente se lembravam do que sonhavam, se sonhavam sequer, e à medida que foram passando os lentos anos de infância Diana encontrou-se rodeada de conhecidos e colegas de escola, mas nunca de verdadeiros amigos. Não podia partilhar os seus sonhos com ninguém sem se sentir absurda, e muito menos esperar que acreditassem nela.
E embora a morte da jovem rapariga de cabelos negros tivesse sido terrível, algo naquela jovem e naquela tarde fez com que se tornasse mais lúcida sobre tudo. Todos os seus sonhos a partir da noite que se seguiu ao suicídio se haviam tornado mais claros, mais reais. Mas, também, um pouco mais perigosos. E principalmente nesta noite, em que Diana conseguiu ir observar as estrelas mais uma vez antes de ir dormir, estava-lhe reservada uma visita muito especial...
"Welcome, my dear Leopard."
Quem observa estrelas, observa a vida, conta palavras extinguidas, sonhos secretos, de chegadas e partidas. É o remar da noite, embrulhada em neblina, que para a poder fantasiar, presenciar ou priveligiar é preciso conhecer.
ResponderEliminarEstrelas não são o que vês.. já viste a verdade? (MW. com amor)
para mim este está top.
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